Pode usar maconha amamentando?

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Pode usar maconha amamentando?

Quando se torna mãe, é natural que surjam muitas dúvidas em relação à amamentação e ao uso de substâncias que podem afetar a saúde do bebê. Entre essas substâncias, está a maconha, uma droga que vem sendo cada vez mais discutida em diversos âmbitos da sociedade. Entre as mães, a pergunta é: é seguro usar maconha durante a amamentação? Pensando em ajudar as mamães que têm essa dúvida, vamos abordar nesse texto os possíveis efeitos da maconha na amamentação e quais medidas devem ser tomadas pelas lactantes.

Pode usar maconha amamentando?

Os efeitos da maconha durante a amamentação

Usar maconha durante a amamentação pode afetar a saúde do bebê, uma vez que a substância é transmitida pelo leite materno. Além disso, a maconha pode alterar a qualidade e a quantidade do leite produzido pela mãe, podendo impactar diretamente no desenvolvimento do bebê. Estudos indicam que o THC, principal composto da maconha, tem uma meia-vida longa e pode permanecer no leite materno por semanas após o uso da droga. Portanto, é importante considerar os riscos antes de decidir usar maconha durante a amamentação.

Riscos para o bebê

Ao consumir a maconha, tanto em forma de fumo quanto em outras formas, a mãe afeta diretamente a saúde do bebê, uma vez que o THC passa para o leite materno e é ingerido pelo bebê durante a amamentação. Uma das principais preocupações é em relação ao desenvolvimento neurológico do bebê, uma vez que o THC pode reduzir a velocidade de aprendizagem e a capacidade de memorização. Além disso, o uso de maconha durante a amamentação pode aumentar as chances de problemas respiratórios, reflexos alterados, alterações no sono e até mesmo alterações no padrão de choro do bebê.

Como o uso de maconha afeta a produção de leite materno

Além dos possíveis efeitos negativos no desenvolvimento do bebê, o uso de maconha também pode afetar a produção de leite materno pela mãe. Isso ocorre porque o THC é capaz de interferir na produção hormonal, que é a responsável pela produção do leite. Além disso, a maconha pode afetar diretamente a glândula pituitária, responsável pelo controle da produção de leite. Estudos mostram que, em mães que usam maconha, pode ocorrer uma diminuição na produção de leite e até mesmo irregularidades no padrão de amamentação.

O que dizem os especialistas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de maconha durante a amamentação é considerado arriscado e deve ser evitado. O Comitê de Aleitamento Materno da Sociedade Canadense de Pediatria também recomenda que mães que usam maconha evitem amamentar seus bebês enquanto estiverem sob efeito da droga. Além disso, a Academia Americana de Pediatria também é enfática ao afirmar que mães que usam maconha devem ser desencorajadas a amamentar seus bebês.

Diretrizes para mães que usam maconha durante a amamentação

Mesmo com todas essas recomendações, muitas mães ainda têm dúvidas sobre o que fazer caso usem maconha durante a amamentação. A primeira medida a ser tomada é sempre conversar com um profissional de saúde qualificado, seja o obstetra ou um pediatra. Além disso, é importante lembrar que a maconha pode permanecer no organismo por semanas, por isso, se a mãe deseja amamentar, deve evitar o uso da droga por um período maior. Além disso, é recomendado que a mãe descarte o leite que produzir enquanto estiver sob o efeito da maconha, pois o THC estará presente no leite por um período prolongado.

O que fazer quando a mãe não consegue amamentar

Caso a mãe não consiga amamentar o bebê por algum motivo, é indicado recorrer aos bancos de leite humano. Existem diversas instituições e bancos de leite espalhados pelo país, que fornecem leite materno seguro e adequado para bebês que precisam de suplementação ou que não podem ser amamentados pela mãe. Além disso, é importante lembrar que a amamentação vai muito além da nutrição, e existem outras formas de criar um vínculo forte e saudável com o bebê.

Outros riscos da maconha durante a amamentação

Riscos para a mãe

Além de afetar diretamente a saúde do bebê, o uso de maconha durante a amamentação também pode trazer riscos para a própria mãe. Isso porque o THC presente na maconha é capaz de atravessar a barreira placentária e chegar à corrente sanguínea da mãe, podendo causar efeitos psicoativos. Além disso, a maconha pode afetar a memória, a concentração e o julgamento da mãe, o que pode ser perigoso para a segurança e o bem-estar do bebê.

Efeitos a longo prazo

Alguns estudos indicam que o uso de maconha durante a amamentação pode trazer efeitos a longo prazo para o bebê. Entre eles, estão possíveis alterações no desenvolvimento motor, cognitivo e comportamental da criança. Alguns dos efeitos mais preocupantes incluem distúrbios de ansiedade e problemas de atenção, que podem acompanhar a criança por toda a vida.

Maconha medicinal e amamentação

A discussão sobre o uso da maconha durante a amamentação também gera dúvidas quando se trata de uso medicinal. Alguns estudos indicam que o uso de maconha medicinal pode trazer benefícios para mães que sofrem de condições como ansiedade, depressão e dor crônica. No entanto, ainda não se sabe ao certo se os compostos presentes na maconha medicinal podem ser seguros para o bebê durante a amamentação. Por isso, é fundamental buscar orientação médica antes de usar qualquer tipo de maconha durante o período de amamentação.

Mitos sobre o uso de maconha durante a amamentação

Com a popularização da maconha, muitas informações falsas e mitos surgem em relação ao uso da droga durante a amamentação. Entre os principais mitos, estão:

– Fumar maconha aumenta a produção de leite: esse mito é falso. Na verdade, a maconha pode diminuir a produção de leite pela mãe, o que pode afetar a nutrição do bebê.

– A maconha ajuda a relaxar e, por isso, ajuda na amamentação: apesar de a maconha ter efeitos relaxantes, ela também possui efeitos psicoativos que podem ser prejudiciais para a mãe e o bebê. É importante buscar maneiras saudáveis de relaxar durante a amamentação.

– Usar maconha apenas uma vez não traz riscos à amamentação: mesmo que a mãe use maconha apenas uma vez durante a amamentação, o THC pode permanecer no organismo por até semanas, o que pode afetar a saúde do bebê.

– A maconha pode melhorar a qualidade do sono do bebê: ao contrário do que se acredita, a maconha pode alterar o padrão de sono do bebê e afetar negativamente seu desenvolvimento.

Alternativas para aliviar os sintomas durante a amamentação

Muitas mães podem sentir a necessidade de usar maconha durante a amamentação como forma de aliviar alguns sintomas, como dores, ansiedade e depressão. No entanto, existem alternativas seguras e eficazes para aliviar esses sintomas sem o risco de afetar a saúde do bebê. Entre elas, estão:

– Terapias alternativas, como acupuntura e ioga, que podem ajudar a aliviar dores e sintomas de ansiedade e depressão;

– Uso de medicamentos autorizados pelo médico, que sejam seguros para o bebê durante a amamentação;

– Suporte emocional e de terapia para lidar com os possíveis desafios da maternidade.

Drogas e amamentação: outras substâncias a serem evitadas

Além da maconha, outras drogas também devem ser evitadas durante a amamentação. Entre as principais substâncias a serem evitadas, estão:

– Álcool: o álcool é capaz de atravessar a barreira do leite materno e chegar ao bebê, podendo afetar seu desenvolvimento e causar intoxicação;

– Nicotina: o uso de tabaco durante a amamentação pode causar irritabilidade e alterar o padrão de sono do bebê, além de aumentar o risco de problemas respiratórios;

– Drogas ilícitas, como cocaína, crack e heroína: essas drogas podem afetar diretamente a saúde do bebê, causando danos neurológicos e problemas de desenvolvimento.

A importância do diálogo com o profissional de saúde

Se você é uma mãe que usa maconha ou tem dúvidas sobre o assunto, é fundamental conversar com um profissional de saúde qualificado. A internet pode ser uma fonte de informações, mas somente um médico ou especialista pode oferecer orientações adequadas e personalizadas para o seu caso. Além disso, é importante lembrar que cada organismo reage de forma única à maconha e suas substâncias, por isso, é essencial buscar orientação antes de tomar qualquer decisão.

Lembrando sempre a importância do bem-estar da criança

Por fim, é essencial lembrar que a amamentação vai muito além da nutrição, e é um momento importante para a criação de vínculo entre mãe e bebê. Por isso, é fundamental pensar sempre no bem-estar do bebê antes de tomar qualquer decisão. Em caso de dúvidas e dificuldades, busque orientação profissional e lembre-se que existem outras opções seguras e saudáveis para cuidar da saúde e do bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.

Conclusão

Em resumo, é importante destacar que o uso de maconha durante a amamentação pode trazer riscos para o bebê, uma vez que a substância é transmitida pelo leite materno e pode afetar tanto o desenvolvimento neurológico quanto a produção de leite pela mãe. Portanto, as mães que usam maconha devem sempre buscar orientação médica e evitar o uso da substância durante o período de amamentação. Em caso de dificuldades na amamentação, existem outras alternativas seguras para a alimentação e vínculo com o bebê. O importante é sempre priorizar a saúde e o bem-estar da criança.

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